quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Nada para sempre

Não quero nada para sempre

Porque sempre é muito tempo

E tudo acaba,

A vida acaba.

Só não acaba na imortalidade

Da palavra vida,

Só esta permanece.

 

Também não quero nada

Por pouco tempo,

Preciso do tempo suficiente

Para apreciar, mas não acostumar,

Porque o costume

Elimina o prazer

E o maior prazer é saber que não dura

Mas esperar que aconteça de novo,

Mesmo que não seja igual.

 

Quero o tempo certo

Para que me percebam,

E o tempo justo

Para não ser esquecida,

O tempo “ainda”

Para que me valorizem,

O tempo gasto

Em coisas úteis

E sem tempo para coisas fúteis

Quero o tempo justo e acertado

Para aceitar o amanhã.


Lorena Pires Rostiolla

04/08/2006

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