quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Nunca Mais!

Nunca mais me esperem.
Nunca mais terão de mim,
Além do que quero dar.
E não quero mais.
Nem meus olhos brilharão
Como um dia já brilharam.

Estou fechando as portas.
Indo embora sem olhar
O sal que ficou para trás.
E vejo o sol lá na frente olhando...
Sorrindo pra mim.

Vejo isso com olhos molhados,
As lágrimas fazem com que o sol brilhe mais.
Quero olhar para ele com novos olhos.
Olhos que nunca mais enxergarão o que foi.
Olhos que se divorciaram do passado.

Estou sentindo a poesia que a lua traz.
A romântica lua que me encanta,
Me acompanha em noites de boemia.
Nunca mais a lua ouvirá

Palavra minha em mesa de bar
Que não seja de amor,
Que não transmita música,
E meus sonhos,
Que já não são os mesmos...

Os outros?! Tive que abandonar.
Deixaram de ser sonhos...
Descobri que sonhava errado,
Na contramão da história,
Contra a correnteza
No rio de outros.

Agora quero um rio só pra mim.
Para travar minhas batalhas,
Dar minhas braçadas.
Sem sentir que mãos...
Me puxam para o fundo.

Vou nadar contra a correnteza
Do meu rio,
Abrindo espaços para a minha vida.
Nunca mais para a vida de outros.

Nunca mais!

Lorena Pires Rostirolla
em 04/04/2004

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