quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tão distante no tempo, mas presente em mim...

À margem da vida

Às vezes me ponho,
À margem da vida
Como num sonho,
Como poeira varrida.

Carros passando,
Pessoas correndo,
Por ruas, sem paz,
Crianças gritando
Com fome, chorando,
Que fome voraz.

À margem da vida
Vejo o presente,
Presente de feras.
Vou ao futuro,
Futuro de guerras
Ah... saudades de eras
Que não voltam mais.

À margem da vida
Vejo-me no ar,
Olhando pra terra
Vejo-me no mar,
No mar, marinheira...
Não sei navegar.

Turbilhão de imagens
Na idade, perdidas
Aventuras vividas
Há tempos atrás.

À margem da vida
Vivo muito mais.

Lorena Pires Rostirolla
Em minha adolescência

Nenhum comentário: